O Brasil ostenta o título indesejado de ser o país com a maior carga tributária no preço de um carro zero. Dados revelam que cerca de 44% do valor de um veículo novo é composto por impostos, colocando o país no topo de um ranking nada favorável quando comparado a outras nações, como Itália (22%), Espanha (21%) e Reino Unido (20%). Este cenário tem um impacto direto no custo de aquisição de automóveis, tornando o sonho de ter um carro próprio cada vez mais distante para muitos brasileiros.
O preço elevado dos carros no Brasil não é apenas uma questão de mercado ou de custos de produção. A elevada incidência de impostos é o principal fator que torna os automóveis tão caros no país. Em estudos realizados, os tributos sobre veículos nacionais variam de 30% a 48,6%, enquanto os importados enfrentam uma carga ainda maior, entre 60,6% e 78,6%. Esses números são significativamente superiores aos observados em outros países, onde a carga tributária sobre automóveis é muito menor.
Por exemplo, um carro nacional de até 1.0 Flex é tributado em 30,6%, enquanto um carro importado da mesma categoria pode ser taxado em até 60,6%. Esse cenário se agrava em veículos de maior cilindrada, onde os impostos podem ultrapassar 70% do valor total do carro, especialmente para veículos importados acima de 2.0 gasolina, que enfrentam uma carga de 78,6%.
Embora os impostos sejam os maiores responsáveis pelo alto custo dos carros, outros fatores também contribuem para essa realidade. O protecionismo econômico, a incorporação de tecnologias e requisitos regulatórios, a desvalorização do real, a pandemia de Covid-19, a crise dos semicondutores e a alta demanda são elementos que, juntos, pressionam ainda mais os preços. Entretanto, nenhum desses fatores tem um impacto tão expressivo quanto a carga tributária.
Diante desse cenário, uma pergunta pertinente surge: ainda vale a pena comprar um carro no Brasil? Para responder a essa questão, é importante considerar não apenas o custo do carro em si, mas também o impacto dessa aquisição no seu patrimônio pessoal.
Uma diretriz financeira popular, conhecida como a “regra dos 3%”, sugere que você deve gastar no máximo 3% do seu patrimônio líquido na compra de um carro. Esta é uma abordagem conservadora, que visa proteger seu patrimônio e evitar que a compra de um bem que deprecia com o tempo comprometa suas finanças a longo prazo.
Na Horizon Advisors, ajudamos nossos clientes a tomarem decisões financeiras informadas e a protegerem seu patrimônio. Se precisar de uma orientação personalizada para alinhar suas metas de compra com a sua realidade financeira, não hesite em falar com um de nossos consultores.
